Sou novo no fórum e gostaria de fazer, já pedindo licença, um ADD-ON neste tópico. São algumas observações sobre o módulo de alarme original dos opalas, diferenças e fraquezas (do ponto de vista eletrônico) e finalizando com a pinagem do conector e a descrição de cores dos respectivos fios (para aqueles que tiveram o chicote cortado e o conector removido.
Como é meu primeiro post - e já com imagens anexadas - espero não fazer nenhuma lambança com as fotos...
Tenho alguns módulos de alarme de opala e notei que existem dois tipos de módulos que, apesar da numeração ser idêntica (são a mesma peça, com mesma aplicação e pinagem), há diferenças externas e também internas na placa CI. Os dois módulos fazem exatamente a mesma coisa, apenas o desenho do circuito é que difere.
Figura 1: Os dois tipos de módulos. As setas indicam um código em baixo relevo.
Como se pode ver na figura 1, as diferenças externas podem ser vistas no lado esquerdo da carcaça dos módulos. As setas vermelhas indicam o local onde está escrito "J91" no da esquerda e "L91" no da direita. É especulação minha, mas acredito que o "L" e o "J" sejam referências do lote de fabricação e o "91" seja o ano de fabricação.
Agora vamos à parte interna:
figura 2: As placas de CI
Mais uma vez: os dois módulos são a mesma peça GM, mas o circuito sofreu modificações. Observação: os relés (caixinhas pretas) no módulo da direita estão com uma fita crepe em cima porque precisei escrever em cima deles e não era possível fazê-lo no plástico preto.
Eu tive um problema com o veículo algumas vezes, cuja origem estava no circuito do motor de partida que envolve alarme original, mesmo estando este último destivado (mas ainda conectado no chicote). Acontece que nos opalas de 88 em diante, o circuito do motor de arranque passa pelo módulo de alarme (a imobilização do veículo é feita no motor de arranque). Com o envelhecimento da fiação, a resistência no circuito de partida se torna excessiva e por conseguinte o "fusível" do circuito se torna a placa de CI do alarme original.
Assim, é comum o rompimento, no momento em que se vira a chave, de alguma trilha na placa. O conserto é simples e podem ser tomadas medidas preventivas: o reforço com estanho dos locais mais críticos, mostrados nas fotos seguintes em ambos os módulos:
Figura 3: o módulo com as trilhas já reforçadas com estanho.
Figura 4: o mesmo módulo da figura 3 evidenciando em vermelho aonde foi depositado estanho.
Figura 5: o segundo módulo, com as trilhas reforçadas com estanho.
Figura 6: o mesmo módulo da figura 5 evidenciando em vermelho aonde foi depositado o estanho.
RESOLVIDO O PROBLEMA que ocorria: quando virava a chave, a ignição ligava mas o motor de arranque não dava sinal de vida. Em algumas ocasiões diferentes, girava a chave e não chegava nem a ligar a ignição.
Agora, vamos à pinagem:
Figura 7: Esta é óbvia, para quem ainda tem o módulo no carro.
Figura 8: o conector, para quem precisar de referências.
ATUALIZADO EM 06/06/2020:Pinagem com as cores:
1- vermelho ----------------------------Alimentação do alarme (12V)
2- preto com lista vermelha-------------motor de arranque (**)
3- preto com lista verde----------------pisca direito
4- preto com lista branca---------------pisca esquerdo
5- não utilizado
6- azul claro com lista preta-----------
reed lado direito
7- cinza--------------------------------sensor do porta malas
8- cinza com lista preta----------------sensor da porta dianteira esquerda
9- cinza--------------------------------sensor de porta traseira esquerda
10- marrom com lista branca-------------anti-furto do rádio
11- roxo com lista branca---------------sinal da sirene
12- vermelho----------------------------alimentação da sirene (12V)
13- preto com lista vermelha------------comutador de ignição (pino "S") e quando este é acionado, fecha circuito com o motor de arranque (***)
14- preto-------------------------------pós-chave (12V) no terminal "I1" do comutador de partida
15- azul claro--------------------------terminal "A" do comutador de ignição
16- cinza com lista vermelha------------
reed lado esquerdo
17- marrom------------------------------negativo massa, ligar na carroceria
18- branco -----------------------------sensor de abertura do capô
19- cinza com lista preta---------------sensor de porta dianteira direita
20- cinza-------------------------------sensor de porta traseira direita
21- cinza com lista verde---------------ligado à lâmpada de cortesia da porta dianteira lado direito (*), lâmpada de iluminação do porta-malas (*), lâmpada de iluminação do capô (*) e ao relé de temporização da luz de cortesia do teto (pino "S"). Para os SL, o pino também tem ligação com a luz de cortesia do teto.
22- dois fios pretos c/ lista azul--------ligar o outro fio do
reed esquerdo e o outro fio do
reed direito
(*) um polo da lâmpada vai na linha 30. O outro é o polo em referido.
(**) Para carros com câmbio automático, o pino 2 vai ao comutador de ignição no pino "S"
(***) Para carros com câmbio automático, o pino 13 vai ao relé da transmissão automática, pino 30. Então, do pino "87" deste relé sai o fio que vai ao motor de arranque.
Mapa do interruptor de ignição:
Figura 8: o comutador de ignição (coluna fixa)
Considerações: de fato, não faz diferença a permuta na ligação entre os sensores de porta (dianteiras ou traseiras). Também não faz diferença a permuta entre os sensores do capô e porta-malas. São apenas sensores-interruptores que sempre que forem acionados com o alarme já armado, provocarão disparo da sirene, ativação dos piscas e bloqueio do veículo.
Também não faz diferença se você tem ou não o chaveirinho original que aciona o alarme, pois qualquer imã faz o serviço. Entretanto, a desativação definitiva do alarme só se faz possível ao ser ligada a ignição. Uma vez armado o alarme, o desarme com o imã é temporário e dura cerca de 15 segundos, tempo para o usuário entrar no carro e acionar a ignição.
O que é "reed"? Reed é o termo que usei para designar os sensores magnéticos que ficam nas extremidades do parabrisas, servindo para armar e desarmar (temporariamente) o alarme.
Troubleshooting do alarme:
"Meu alarme não está armando quando passo um imã no sensor do parabrisas. E agora?"
- Comece olhando para a instalação do rádio no painel. SEMPRE que um dos sensores (portas, capô, porta-malas e do rádio) indicar acionamento, o alarme não arma. Em outras palavras, se ao menos uma porta estiver aberta ou o porta-malas estiver aberto ou o capô estiver aberto ou o rádio (original) não estiver no lugar, o alarme não armará. Se o rádio foi trocado por um som mais moderno, pode apostar que o instalador desativou o fio do sensor anti-furto do rádio. Até mesmo quem está com um rádio original de opala pode estar com este fio cortado dentro do painel. Para ter certeza, é necessário inspecionar o chicote atrás do radio, dentro do painel.
Caso não seja importante ao dono monitorar o anti-furto do rádio ou o problema não pôde ser solucionado, desative o monitoramento anti-furto do rádio ligando o fio 10 (marrom com lista branca) no fio 17 (marrom) com o alarme conectado no chicote. Agora passe o imã no reed e espere 15 segundos, abrindo a porta após. O alarme deve disparar.
Se não disparar, começe a verificar se os fios que chegam nos sensores de portas, capô e porta-malas são originais. Algum instalador pode ter cortado o fio original destes sensores para ligar um outro alarme anti-furto.
Se o alarme aciona os piscas mas a sirene não toca: sugiro alimentar o fio 12 (vermelho) com o positivo 12V, e o 11 (roxo com lista branca) no negativo (aterrar na carroceria). Se a sirene tocar, o módulo tem algum problema. Se não tocar, é a sirene mesmo. Note que a sirene tem três fios: o vermelho é positivo e o preto e o azul devem estar no negativo para que haja o disparo de teste do componente. Como o fio preto não é nenhum dos fios do chicote do alarme, ele já é aterrado em outro lugar do veículo (provavelmente debaixo do painel). O melhor mesmo é poder retirar a sirene para teste, mas normalmente isto não é possível, pois o conector fica em local inacessível debaixo do painel do carro.
Se a sirene foi testada e funciona e ainda assim o alarme não arma, verifique se os reeds no parabrisas estão conectados. Os dois fios pretos que saem dos reeds terminam em conectores que ficam no "pé" da coluna "A", na base do parabrisas, debaixo do painel, não sendo necessário arrancar forração para ter acesso. Para testar se os reeds estão defeituosos, ponha as duas pontas de prova de um multímetro uma em cada fio do reed com o multímetro na escala mínima de resistência e passe um imã no reed. Se o reed está funcionando, a resistência sai do infinito e cai quase a zero no momento que o imã está no sensor.
"Não tenho mais os reeds no parabrisas do meu carro, pois o dono anterior tirou. E agora?"
Não se desespere. Os reeds não foram usados apenas em alarmes anti-furto. Também foram e ainda são usados em automatização de portões basculantes verticais como os da PPA ( www.ppa.com.br ). Entre em contato com os pangarés da PPA e implore que lhe vendam um par desses ou então vá até um serralheiro e encomende a compra através dele com a PPA. Isto se faz necessário porque a PPA não vende para pessoa física, só para pessoa jurídica. É claro que o reed da PPA não é idêntico ao que vinha no opala. O da PPA tem um parafusinho, mas não faz diferença. Um pouquinho de silicone e o sensor estará colado no parabrisas.
Figura 9: foto do "reed" da PPA em um portão basculante vertical de fuso.
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