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Reportagem Quatro Rodas N°259 fev/82
Faça em casa mesmo a manutenção preventiva do sistema de refrigeração do seu carro. E evite os problemas do superaquecimento.
São várias as causas que provocam o superaquecimento de um motor, e quando isso acontece uma coisa é certa: há alguma falha no sistema de resfriamento. Para evitar esse transtorno, o passo mais importante é a manutenção preventiva de todo o sistema, pois ajudará, também, a prolongar a vida útil do motor do seu carro.
Nos automóveis refrigerados a água o problema pode ser causado por falha no radiador ou na bomba de água, na válvula termostática, nas mangueiras das conexões ou no medidor de temperatura.
No bloco do motor passam condutos de água junto às partes mais atingidas pela alta temperatura, resfriando-as por contato. Como a água não permanece parada no mesmo lugar - tem que estar em movimento para não correr o risco de ferver -, dois fatores contribuem para que ela circule: a sua densidade e temperatura e a bomba de água.
Ligada por uma correia à ponta do virabrequim, a função da bomba é intensificar a circulação da água. Ela entra no motor pela parte mais baixa dos condutos e vai absorvendo calor, ficando menos densa (e mais live), o que provoca a sua subida e posterior saída pela parte superior dos condutos.
Muito aquecida, a água vai, então, ser resfriada no componente mais importante de todo o sistema de refrigeração, que é o radiador, uma peça formada por dois tanques interligados por uma rede de canos achatados, a colmeia.
O processo de resfriamento é feito por uma hélice e pelo vento: a água perde assim parte do seu calor e ganha maior densidade, descendo para o tanque inferior, de onde volta a ser impelida para dentro do motor, repetindo a sua ação de resfriamento. Dentro do radiador, a velocidade de circulação da água é controlada por uma válvula termostática, que regula sua passagem e evita uma refrigeração excessiva ou deficiente.
A importância da tampa
Embora mais pareça uma simples peça de vedação que impede a saída da água, a tampa do radiador possui duas válvulas muito importantes: uma delas evita que o excesso de pressão ocasionado pela temperatura elevada da água provoque o rompimento das paredes - muito finas - dos pequenos canos do radiador, e a outra permite a entrada de ar para impedir a formação de vácuo (que torna a água menos densa e menos eficiente para a refrigeração): sob a forma de vapor, a água que sai pela primeira válvula deixa um espaço que é preenchido pelo ar, o que facilita a circulação.
Nos carros que funcionam com radiador do tipo selado, existe um pequeno depósito, chamado tanque de expansão, que recebe o vapor do radiador. Em contato com a água fria do depósito, o vapor condensa-se novamente, transforma-se em água e volta para o radiador quando a pressão interna diminui. Nesse sistema a água não precisa ser recompletada com frequência.
De acordo com técnicos, os aditivos especiais (à base de óleo solúvel) para radiadores têm quatro finalidades: elevar o ponto de ebulição da água, baixar o seu ponto de congelamento, evitar a corrosão e lubrificar os retentores da bomba de água. Eles consideram "fundamental" o uso de aditivos no sistema de refrigeração do motor, e lembram que, quando o motor é novo, suas superfícies internas estão razoavelmente limpas; mas o bloco apresenta pequenas partículas de areia, sobra do processo de fundição, que entram no circuito de refrigeração. É por essa razão que as fábricas recomendam os aditivos.
Cuidados especiais
O motorista deve ter sempre o cuidado de inspecionar com frequência o nível de água do radiador - existe uma boa perda de água por vaporização -, principalmente nos circuitos de refrigeração comuns (não selados). Normalmente, quando isso ocorre, o motorista só completa o nível de água, mas com o tempo a concentração do aditivo vai diminuindo até desaparecer. É a partir daí que começa um processo de corrosão no bloco do motor e nos cabeçotes.
Os técnicos recomendam, também, que se use apenas água destilada (a mesma da bateria) no circuito de refrigeração do motor, e que se evitem as águas de rios e lagos, que contêm muitos sais minerais e facilitam a corrosão.
A limpeza do sistema de refrigeração deve ser feita a cada 20.000 km nos radiadores abertos, e a cada 30.000 km nos selados. E o processo é simples: esgota-se completamente a água do radiador por meio do seu botão de drenagem e depois joga-se água corrente pelo bocal, verificando a sua cor. Quando ela estiver bem limpa, quase transparente, mistura-se o aditivos, na proporção recomendada pelo fabricante.
Nos radiadores selados não é necessário completar a água com a mesma frequência, uma operação que deve ser feita no reservatório auxiliar quando o nível da água estiver abaixo da marca mínima.
Quando ela estiver branca, depois de misturado o aditivo, é sinal de que o líquido de refrigeração já está bem limpo. Ao contrário, quando a cor for escura é sinal de que o circuito está com acúmulo de ferrugem, e deve ser limpado rapidamente.
Várias causas podem provocar o superaquecimento do motor, independentemente do tratamento preventivo que o sistema deve receber. Uma delas é a válvula termostática, que normalmente se abre a 80°C.
Para verificar se ela é a causa do problema, basta retirá-la - uma operação simples - e colocá-la numa panela com água para ferver; com um termômetro, verifica-se se ela está funcionando. Em caso de defeito, nem sempre é preciso trocar a válvula, pois as oficinas geralmente dispõem de aparelhos especiais para o seu conserto.
Pode acontecer que o radiador fure, um problema que é resolvido com massa de durepóxi ou araldite - antes da aplicação, porém, é preciso limpar bem a área do furo.
A limpeza externa do radiador deve ser feita depois de percursos de muita poeira: com um esguicho de água, sem muita pressão, remove-se a sujeira.
Outro ponto a ser verificado sempre é a tensão da correia do ventilador e da bomba de água: se ela estiver esticada demais causa danos aos rolamentos, e se estiver muito frouxa não trabalha corretamente. Também devem ser vistoriadas as mangueiras e suas braçadeiras (para evitar o vazamento de água) e a borracha da guarnição da tampa (só quando o motor estiver frio).
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