Marcos Marcos escreveu:... o plano principal e primeiro é financeiro. Pessoal ta achando que vão eletrificar um carro com um valor de 10, 20 mil reais.
Pois é, se o carro valesse 100.000 e o sujeito tivesse que investir 20.000 para converter para elétrico, a conversão faria sentido. Infelizmente, a realidade é outra. O carro vale 20.000, mas o sujeito terá que gastar 100.000 para converter (direito) para elétrico. Estou falando de uma conversão verdadeira, não uma "faz-de-conta" como muitas que se vê na Internet.
Obviamente, para a maioria das pessoas, converter o seu "poizé" num carro elétrico não vai fazer sentido econômico. É claro que sempre existirão alguns poucos donos de carros antigos que irão querer fazer a conversão, mas estimo que serão uma minoria, digamos 1 em 1000 é que estará disposto a investir numa conversão que custa mais do que vale o carro vale.
Existem centenas de milhões de carros convencionais rodando em países como Brasil e EUA, por isso é inevitável que algumas pequenas empresas irão querer aproveitar o nicho de mercado. Afinal, 0.1% de 100.000.000 são 100.000 carros, que é um número muito grande para os objetivos de uma empresa do porte de uma Fueltech, por exemplo.
Os 99.9% de carros a gasolina restantes não irão fazer a conversão e irão morrer eventualmente nos fornos de reciclagem. Os grandes fabricantes de automóvel não irão investir em eletrificação de carro velho. O que eles querem é vender carros novos, não ficar convertendo os cacarecos que fabricaram há muitos anos atrás.
chevy250 escreveu:Meu ponto é que o carro elétrico está sendo colocado como uma das soluções para diminuir a emissão de CO2 e jogar um carro inteiro que ainda tem muita vida útil no lixo me parece andar no sentido oposto.
E é como eu disse. Esse reaproveitamento de veículos não geraria um veículo de alto desempenho, de super conforto ou desejo. Mas seria um produto para a base da população poder usar no dia-a-dia.
Essa parcela da população nem se preocupa se a pintura está queimada. Ela está feliz em ter um carro simplesmente. É a Pampa do cara que vai consertar o seu aquecedor, trocar o gesso etc. É um estudante que vai ter seu primeiro carro etc. Não seria a mesma bateria do Tesla nem o mesmo motor nem toda a parafernália de alto custo. Seria uma bateria menor, um motor único padrão (produto de prateleira e não esses motores que a Tesla desenvolve especificamente para veiculo eletrico dela) já conectado à transmissão existente do carro etc.
Um motor eletrico de 30CV toca tranquilamente um carro urbano, por exemplo. Os primeiros Fuscas tinha 36CV - meu pai usou um por muitos anos, desceu e subiu serras etc. E um motor eletrico de 30CV anda bem mais que um a gasolina de 36V pois voce tem 30CV ao longo de toda a faixa de rotação - os 36CV do Fusca só aparecem lá na rotação máxima - ao "varrer" o motor de 700RPM até a maxima, a potencia média extraida é bem menor. No elétrico é sempre 30CV.
O futuro dos automóveis depende do que a sociedade quiser (ou puder). Entenda sociedade como o conjunto de milhões de consumidores, o governo, as empresas, a mídia, etc. O futuro dos automóveis não depende do que eu ou você achamos "certo", até porque cada pessoa tem um ponto de vista diferente sobre o que é certo ou errado.
Eu também acho que os carros poderiam ser produzidos de maneira diferente do que faz hoje. Muita coisa que dura menos do que precisaria. Um bom exemplo são as baterias seladas, onde a durabilidade é sacrificada em prol da conveniência. Um carro poderia durar bem mais, mas o custo talvez aumentasse mais do que as pessoas estejam dispostas a pagar.
Quando um carro sai de circulação, em geral é porque o custo de manutenção ficou muito alto e não vale mais a pena manter o carro rodando. Felizmente, bem ou mal, os carros são reaproveitados, pelo menos em parte, para fazer novos carros ou outros produtos. Os metais são derretidos, os pneus e plásticos são reciclados, ou seja, há um reaproveitamento dos materiais.
Nos EUA, onde se produz carro em massa desde o começo do século XX, quando alguém compra um carro novo, possivelmente os metais desse carro contém partes vindas de 10 gerações anteriores de carros que foram para o desmanche antes. Um Mustang novo deve ter metal que veio de Fords T de 100 anos atrás!
É importante dizer que a chegada dos carro elétricos não vai mudar essa filosofia de reciclagem de carros. Certamente não vai haver o descarte imediato dos carros a gasolina em bom estado. Os carros a gasolina irão conviver por anos com os carros elétricos, até finalmente irem para a reciclagem quando a manutenção não fizer mais sentido econômico.
Quem quiser, poderá continuar andando com o seu carro a gasolina por muitos anos. Talvez não seja muito econômico viajar com o Opalão, mas não creio que gasolina deixe de ser vendido pelos próximos 20 ou 30 anos.
Nas eventuais conversões de carro a gasolina para eletricidade, acredito que dificilmente as pessoas irão aceitar uma queda significativa de desempenho. As pessoas não irão querer um carro que tenha um desempenho pior que o Fusca com motor 1200 de 1968. Aliás, no começo dos anos 1970, ninguém mais aguentava o péssimo desempenho dos Fuscas 1200, dos Gordinis e Dauphines da vida. Imagine hoje!
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