A exemplo do Rodacki e do Gabriel resolvi abrir este tópico aqui para ajudar quem está a fim de restaurar um Diplomata das linhas 1980 a 1984.
Gosto muito desta época dos opalas (mas é claro que gosto muito também das outras épocas do opala) embora esta não seja, por enquanto, a época preferida pelos admiradores do opala. Mas foi uma época que marcou minha vida e foi nessa época que comecei a admirar e me interessar bastante por automóveis. Recentemente adquiri um Diplomata Coupé 250-S 1980 e vou postar aqui as diferenças mecânicas, externas e internas dessa série de Diplomatas de 1980 a 1984 – que, se já não é, vai se tornar um modelo muito interessante e com características interessantes. Se não, vejamos ...
Em fins de 1979 a GM lança a linha 1980 do opala e apresenta em definitivo aquele já era para estar presente no mercado há um ano: o Diplomata – top de linha do opala e forte concorrente no mercado de luxo, concorria na época com os Alfa Romeu SL e TI-4, Ford LTD e Landau, Dodge Magnum e Lebaron. Num breve período já iria disputar o mercado ainda com o Ford Del Rey que viria em 1981 e em fins de 1982 iria perder a briga dentro de casa para o Monza e em 1984 entrava em cena o Santana que também abocanhava uma fatia do mercado. Aliás o mercado inteiro sentiu a presença do Monza, era algo muito moderno e totalmente diferente em nosso fechado mercado de automóveis. Realmente temos que admitir, o Monza causou furor no mercado e era o desejo de todo brasileiro. E, como não podia deixar de ser, os investimentos nessa época dentro da GM foram canalizados para a sensação do mercado automobilístico que era o Monza e o Opala acabou jogado pra escanteio em termos de investimentos. Ainda hoje eu considero o Monza um excelente carro e não é por acaso que sempre vendeu muito bem conseguindo o feito de ser entre 84 e 86 o carro mais vendido no Brasil, mesmo não sendo um modelo popular e barato (caso único no Brasil). Daí o porquê dessa serie de opalas ser meio abandonada e “aparentemente” sem graça – culpa do Monza. Mas é a que eu mais gosto, e não deixa de ter uma certo charme especial.
Vamos ao que interessa. Os diplomatas 80 a 84. Eram vendidos com carroceria de 2 ou 4 portas somente (a Caravan Diplomata só viria no final de 85 como modelo 86) e com motores de 4 e 6 cilindros e acabamento exclusivo de alto padrão. Vou dividir o assunto em três etapas: diferenças mecânicas, externas e internas para esses anos.
DIFERÊNÇAS MECÂNICAS:
1) Motor
1a) Motor: 4 cil a gasolina 151-S (cor verde e carburador duplo) em 1980 e a partir de 1981 também era possível comprar com motor 4 cil a álcool (cor amarelo e carburador duplo). Sem querer misturar versões (o tópico é sobre diplomata) mas os opalas mais simples podiam ser comprados a álcool já em 1980.
1b) Motor 6 cil tipo 250 a gasolina (cor azul e carburador duplo).
1c) Motor 6 cil tipo 250-S a gasolina (cor vermelho e carburador duplo).
2) Transmissão
Antes de comentar sobre as diferenças ressalto que o tópico é sobre diplomata e não comodoro ou standart e o câmbio na de 3 marchas na coluna disponível tando para o 4 como 6 cil (exceto 250-S) não estava presente nos diplomatas, este câmbio quando vinha estava só nos modelos simples (o que era raro) e nos comodoros aí sim é que era raro mesmo.
2a) Para os motores 4 cil havia apenas o câmbio de 4 marchas com alavanca do assoalho, de trambulador externo e ré para trás na alavanca até 1982. A partir de 1983 veio o câmbio de trambulador interno e 5 marchas.
2b) Para os motores 6 cil havia o câmbio de 4 marchas com alavanca do assoalho, de trambulador externo e ré para trás na alavanca até 1982. A partir de 1983 veio o câmbio de trambulador interno e 4 marchas com ré pra frente. Opcionalmente para os motores 6 cil (250 e também 250-S) havia o câmbio automático de 3 marchas e alavanca no assoalho.
3) Freios
No modelo 1980 já vinha com servo-freio, disco na frente e tambor atrás. Porém o servo-freio do modelo 1980 era menor e o reservatório e tinha 2 tampas redondas. A partir de 1981 foi adotado um servo-freio maior e mais eficiente e, como toda linha GM 81 foi adotada uma válvula equalizadora para os freios traseiros evitando o travamento isolado de um lado só e reduzindo assim o risco de perder o controle do veículo numa frenagem de emergência.
DIFERÊNÇAS EXTERNAS:
Nos modelos 1980 e 1981 o Diplomata vinha com para-choques cromados com lâmina de borracha preta lisa e batentes. Nas laterais vinham borrachões com aproximadamente 5 ou 6 cm de largura, pretos e lisos com um friso de alumínio na parte superior e ligando o para-choque dianteiro com o traseiro. No borrachão do paralamas vinha o emblema “Diplomata”. A grade era preta com filetes prateados e gravata preta no 80 e gravata azul no 81. No canto inferior esquerdo da grade vinha um emblema metálico cromado “Chevrolet”. Na traseira, o único emblema no lado direito da tampa do porta-malas era metálico cromado igual ao da grade dianteira. Em 1981 nos modelos a álcool passou a vir um adesivo no lado esquerdo da tampa do porta malas escrito “álcool” e que hoje em dia é muito raro de ver um carro com esse adesivo, pois o mesmo descolava com relativa facilidade. Entre as lanternas traseiras uma faixa preto fosco estava aplicada. A partir de 1981 passou a ser aplicado um friso de alumínio contornando os faróis, piscas e grade na dianteira e também as lanternas traseiras (interrompido na parte central inferior onde ficava a placa de licença).
Nos modelos 1982 a 1984 o Diplomata vinha com para-choques em preto fosco com lâmina de borracha preta frisada e friso plástico cromado e batentes. Nas laterais vinham borrachões com aproximadamente 5 ou 6 cm de largura, pretos e frisados com um friso de alumínio na parte superior e ligando o para-choque dianteiro com o traseiro. No borrachão das portas dianteiras vinha o emblema “Diplomata”. A grade era prata, sem emblema e com gravata azul. Na traseira, o emblema no lado direito da tampa do porta-malas passou a ser de plástico na cor prata. No lado esquerdo nos modelos a álcool vinha um emblema de plástico escrito “álcool”, nos modelos equipados com motor 250-S vinha o famoso embelama 250-S (nota: o emblema 250-S foi utilizado de 82-87 mas o motor existiu entre 76-88) e se equipado com transmissão automática vinha o emblema “automatic”. Entre as lanternas traseiras uma faixa preto fosco estava aplicada. Continuavam os frisos de alumínio contornando os faróis, piscas e grade na dianteira e também as lanternas traseiras (interrompido na parte central inferior onde ficava a placa de licença).
As rodas: no período 80-84 foi utilizado um único tipo de roda de alumínio com uma pequena calotinha redonda no centro. Essa roda iria inspirar o desenho para as rodas ralinho que foram lançadas em 1986. Mas um pequeno detalhe que poucos notam: em 1980 essas calotinhas do centro são inteiramente pretas com a gravatinha do centro contornada em prata. Nos 81-84 a calotinha é prata com miolo preto e gravatinha contornada em prata.
Haviam frisos cromados que cobriam a calha de teto e opcionalmente teto de vinil até 1982 (isso de fábrica, mas as concessionárias às vezes instalavam antes de vender o carro ainda novo e fizeram isso até 1984)
DIFERÊNÇAS INTERNAS:
Antes de comentar as diferenças propriamente vou comentar de uma estratégia de vendas que tirou do sério muita gente. Quando surgiu o modelo 1980 o carro já moderno por fora ainda era velho por dentro, isto é, trazia aquele painel antigo. A novidade maior da linha 81 era o painel totalmente remodelado e que seria o painel base para os opalas até 1992. E a GM, guardou a novidade do painel pra 1981, com idéia de convencer o dono de um opala 80 a comprar um 81. Teve gente que se irritou!
O Diplomata 1980 tinha um painel revestido em material que imitava madeira (jacarandá). O painel tinha conta-giros, velocímetro, marcador de combustível e temperatura e as luzes espia comuns. No lado esquerdo do painel numa parte inferior vinham 3 botões: desembaçador traseiro, temporizador com lavador elétrico e afogador. Logo acima desses botões aquelas famosas teclas de lanternas e faróis. No lado direito, acendedor de cigarros, tecla do limpador de parabrisas e tecla para eventual acessório. Ainda, desembaçador com ar quente e rádio toca-fitas AM/FM estéreo com antena elétrica. Mais abaixo do painel, o aparelho de ar condicionado que era o mesmo da linha 1979 semi-integrado ao painel com saídas laterais no painel de ar refrigerado. Mais abaixo ainda o console revestido de courvim com o relógio e porta trecos e que se estende entre os bancos dianteiros. Interessante é que a publicidade comenta que o relógio é digital de série (cristal líquido vermelho) e eu já entrei em um carro com esse relógio e vi vários assim, embora eu já tenha visto vários carros com o relógio analógico comum – caso do meu. Nos veículos equipados com transmissão automática o console era um pouquinho diferente na parte à frente da alavanca de marchas. O revestimento do teto era revestido de cashmere, assim como os bancos na parte que se encosta o corpo e na parte traseira do assento era de courvim (o mesmo do console). As laterais de portas eram revestidas de três matérias. Parte inferior de bouclê, parte intermediária de courvim e parte superior de cashmere. O assoalho era revestido de bouclê assim como o tampão traseiro. Alto falantes só no tampão traseiro. Nos bancos a costura do cashmere eram com largos gomos transversais e nas portas com largos gomos verticais na parte em cashmere. As laterais traseiras seguiam a mesma regra, porém sem o bouclê na parte inferior nos modelos 2 portas. Interior podia ser bege ou preto
O Diplomata 1981 trazia a grande novidade do painel e console totalmente remodelados. Mas trazia na quantidade os mesmos instrumentos. A novidade funcional mesmo era o ar condicionado totalmente integrado ao painel com saídas de ar na parte central. Os comandos do ar condicionado ficavam no console e acima desses comandos um relógio de horas analógico centralizado. O toca fitas era o mesmo do ano anterior com antena elétrica, mas com knobs emborrachados maiores de desenho similar aos knobs do botão das luzes, afogador(com luz indicadora no botão) e acendedor de cigarros. De agora em diante o comprador tinha também a opção de comprar com interior também na cor cinza. Os bancos agora vinham totalmente revestidos em cashmere sem mais o uso do courvim e vinham costurados com vários gomos estreitos longitudinais. As laterais de porta e traseiras seriam as mesmas até 1984 e tinham gomos estreitos de cashmere na vertical que cobriam os 2/3 superiores e a parte inferior de bouclê. Nos modelos 2 portas só os gomos de cashmere. A alavanca de mudanças era de uma resina com espuma na cor preta e em formato de taco de golfe e seria a mesma até 1987, sendo que a partir de 1983 a ré era indicada para frente em razão da modificação na caixa de mudanças.
O Diplomata 1982 tinha o mesmo interior do 81 com apenas uma única novidade. No console, mais dois intrumentos acima dos comandos do ar condicionado: à direita do relógio vinha um vacuômetro e à esquerda um voltímetro. Bancos e laterais de porta eram iguais ao modelo 81.
O Diplomata 1983 trazia um novo desenho nos gomos dos bancos (laterais permanecem inalteradas no desenho do tecido). Agora os gomos eram largos novamente e de desenho transversal e arredondados. Nas laterais de porta foi alterado o desenho do trinco de abrir a porta e da maçaneta de abrir o vidro que agora passavam ser de plástico e não mais cromadas. Um detalhe curioso. O console era o mesmo do ano anterior com 3 mostradores, mas em meados de 83 o modelo de toca-fitas foi alterado, passando a ser a primeira geração do Bosch Rio Janeiro com dial digital e relógio incorporado, o que levou a excluir o relógio do console, passando a ficar somente vacuômetro e voltímetro acima das teclas do ar condicionado.
E, por fim, o Diplomata 1984 vinha com os bancos e laterais de porta do modelo 83 no mesmo desenho. O mesmo ótimo som Rio de Janeiro, console com os dois mostradores. As únicas alterações foram os pinos das travas de porta que passaram a ser mais finos para dificultar a vida dos amigos do alheio e o cinto de segurança dianteiro que passou a ser de 3 pontos retrátil, inclusive no coupé, com presilha no teto neste caso.
Pessoal, o texto é longo mas é de grande valia pra quem ta restaurando um Diplomata desta época ou mesmo quem queira sanar alguma dúvida. Hoje não dá mais tempo, mas eu vou tentar, assim que possível ilustrar essas mudanças inserindo fotos desses detalhes muito em breve.
Um abraço pra todos!
Gosto muito desta época dos opalas (mas é claro que gosto muito também das outras épocas do opala) embora esta não seja, por enquanto, a época preferida pelos admiradores do opala. Mas foi uma época que marcou minha vida e foi nessa época que comecei a admirar e me interessar bastante por automóveis. Recentemente adquiri um Diplomata Coupé 250-S 1980 e vou postar aqui as diferenças mecânicas, externas e internas dessa série de Diplomatas de 1980 a 1984 – que, se já não é, vai se tornar um modelo muito interessante e com características interessantes. Se não, vejamos ...
Em fins de 1979 a GM lança a linha 1980 do opala e apresenta em definitivo aquele já era para estar presente no mercado há um ano: o Diplomata – top de linha do opala e forte concorrente no mercado de luxo, concorria na época com os Alfa Romeu SL e TI-4, Ford LTD e Landau, Dodge Magnum e Lebaron. Num breve período já iria disputar o mercado ainda com o Ford Del Rey que viria em 1981 e em fins de 1982 iria perder a briga dentro de casa para o Monza e em 1984 entrava em cena o Santana que também abocanhava uma fatia do mercado. Aliás o mercado inteiro sentiu a presença do Monza, era algo muito moderno e totalmente diferente em nosso fechado mercado de automóveis. Realmente temos que admitir, o Monza causou furor no mercado e era o desejo de todo brasileiro. E, como não podia deixar de ser, os investimentos nessa época dentro da GM foram canalizados para a sensação do mercado automobilístico que era o Monza e o Opala acabou jogado pra escanteio em termos de investimentos. Ainda hoje eu considero o Monza um excelente carro e não é por acaso que sempre vendeu muito bem conseguindo o feito de ser entre 84 e 86 o carro mais vendido no Brasil, mesmo não sendo um modelo popular e barato (caso único no Brasil). Daí o porquê dessa serie de opalas ser meio abandonada e “aparentemente” sem graça – culpa do Monza. Mas é a que eu mais gosto, e não deixa de ter uma certo charme especial.
Vamos ao que interessa. Os diplomatas 80 a 84. Eram vendidos com carroceria de 2 ou 4 portas somente (a Caravan Diplomata só viria no final de 85 como modelo 86) e com motores de 4 e 6 cilindros e acabamento exclusivo de alto padrão. Vou dividir o assunto em três etapas: diferenças mecânicas, externas e internas para esses anos.
DIFERÊNÇAS MECÂNICAS:
1) Motor
1a) Motor: 4 cil a gasolina 151-S (cor verde e carburador duplo) em 1980 e a partir de 1981 também era possível comprar com motor 4 cil a álcool (cor amarelo e carburador duplo). Sem querer misturar versões (o tópico é sobre diplomata) mas os opalas mais simples podiam ser comprados a álcool já em 1980.
1b) Motor 6 cil tipo 250 a gasolina (cor azul e carburador duplo).
1c) Motor 6 cil tipo 250-S a gasolina (cor vermelho e carburador duplo).
2) Transmissão
Antes de comentar sobre as diferenças ressalto que o tópico é sobre diplomata e não comodoro ou standart e o câmbio na de 3 marchas na coluna disponível tando para o 4 como 6 cil (exceto 250-S) não estava presente nos diplomatas, este câmbio quando vinha estava só nos modelos simples (o que era raro) e nos comodoros aí sim é que era raro mesmo.
2a) Para os motores 4 cil havia apenas o câmbio de 4 marchas com alavanca do assoalho, de trambulador externo e ré para trás na alavanca até 1982. A partir de 1983 veio o câmbio de trambulador interno e 5 marchas.
2b) Para os motores 6 cil havia o câmbio de 4 marchas com alavanca do assoalho, de trambulador externo e ré para trás na alavanca até 1982. A partir de 1983 veio o câmbio de trambulador interno e 4 marchas com ré pra frente. Opcionalmente para os motores 6 cil (250 e também 250-S) havia o câmbio automático de 3 marchas e alavanca no assoalho.
3) Freios
No modelo 1980 já vinha com servo-freio, disco na frente e tambor atrás. Porém o servo-freio do modelo 1980 era menor e o reservatório e tinha 2 tampas redondas. A partir de 1981 foi adotado um servo-freio maior e mais eficiente e, como toda linha GM 81 foi adotada uma válvula equalizadora para os freios traseiros evitando o travamento isolado de um lado só e reduzindo assim o risco de perder o controle do veículo numa frenagem de emergência.
DIFERÊNÇAS EXTERNAS:
Nos modelos 1980 e 1981 o Diplomata vinha com para-choques cromados com lâmina de borracha preta lisa e batentes. Nas laterais vinham borrachões com aproximadamente 5 ou 6 cm de largura, pretos e lisos com um friso de alumínio na parte superior e ligando o para-choque dianteiro com o traseiro. No borrachão do paralamas vinha o emblema “Diplomata”. A grade era preta com filetes prateados e gravata preta no 80 e gravata azul no 81. No canto inferior esquerdo da grade vinha um emblema metálico cromado “Chevrolet”. Na traseira, o único emblema no lado direito da tampa do porta-malas era metálico cromado igual ao da grade dianteira. Em 1981 nos modelos a álcool passou a vir um adesivo no lado esquerdo da tampa do porta malas escrito “álcool” e que hoje em dia é muito raro de ver um carro com esse adesivo, pois o mesmo descolava com relativa facilidade. Entre as lanternas traseiras uma faixa preto fosco estava aplicada. A partir de 1981 passou a ser aplicado um friso de alumínio contornando os faróis, piscas e grade na dianteira e também as lanternas traseiras (interrompido na parte central inferior onde ficava a placa de licença).
Nos modelos 1982 a 1984 o Diplomata vinha com para-choques em preto fosco com lâmina de borracha preta frisada e friso plástico cromado e batentes. Nas laterais vinham borrachões com aproximadamente 5 ou 6 cm de largura, pretos e frisados com um friso de alumínio na parte superior e ligando o para-choque dianteiro com o traseiro. No borrachão das portas dianteiras vinha o emblema “Diplomata”. A grade era prata, sem emblema e com gravata azul. Na traseira, o emblema no lado direito da tampa do porta-malas passou a ser de plástico na cor prata. No lado esquerdo nos modelos a álcool vinha um emblema de plástico escrito “álcool”, nos modelos equipados com motor 250-S vinha o famoso embelama 250-S (nota: o emblema 250-S foi utilizado de 82-87 mas o motor existiu entre 76-88) e se equipado com transmissão automática vinha o emblema “automatic”. Entre as lanternas traseiras uma faixa preto fosco estava aplicada. Continuavam os frisos de alumínio contornando os faróis, piscas e grade na dianteira e também as lanternas traseiras (interrompido na parte central inferior onde ficava a placa de licença).
As rodas: no período 80-84 foi utilizado um único tipo de roda de alumínio com uma pequena calotinha redonda no centro. Essa roda iria inspirar o desenho para as rodas ralinho que foram lançadas em 1986. Mas um pequeno detalhe que poucos notam: em 1980 essas calotinhas do centro são inteiramente pretas com a gravatinha do centro contornada em prata. Nos 81-84 a calotinha é prata com miolo preto e gravatinha contornada em prata.
Haviam frisos cromados que cobriam a calha de teto e opcionalmente teto de vinil até 1982 (isso de fábrica, mas as concessionárias às vezes instalavam antes de vender o carro ainda novo e fizeram isso até 1984)
DIFERÊNÇAS INTERNAS:
Antes de comentar as diferenças propriamente vou comentar de uma estratégia de vendas que tirou do sério muita gente. Quando surgiu o modelo 1980 o carro já moderno por fora ainda era velho por dentro, isto é, trazia aquele painel antigo. A novidade maior da linha 81 era o painel totalmente remodelado e que seria o painel base para os opalas até 1992. E a GM, guardou a novidade do painel pra 1981, com idéia de convencer o dono de um opala 80 a comprar um 81. Teve gente que se irritou!
O Diplomata 1980 tinha um painel revestido em material que imitava madeira (jacarandá). O painel tinha conta-giros, velocímetro, marcador de combustível e temperatura e as luzes espia comuns. No lado esquerdo do painel numa parte inferior vinham 3 botões: desembaçador traseiro, temporizador com lavador elétrico e afogador. Logo acima desses botões aquelas famosas teclas de lanternas e faróis. No lado direito, acendedor de cigarros, tecla do limpador de parabrisas e tecla para eventual acessório. Ainda, desembaçador com ar quente e rádio toca-fitas AM/FM estéreo com antena elétrica. Mais abaixo do painel, o aparelho de ar condicionado que era o mesmo da linha 1979 semi-integrado ao painel com saídas laterais no painel de ar refrigerado. Mais abaixo ainda o console revestido de courvim com o relógio e porta trecos e que se estende entre os bancos dianteiros. Interessante é que a publicidade comenta que o relógio é digital de série (cristal líquido vermelho) e eu já entrei em um carro com esse relógio e vi vários assim, embora eu já tenha visto vários carros com o relógio analógico comum – caso do meu. Nos veículos equipados com transmissão automática o console era um pouquinho diferente na parte à frente da alavanca de marchas. O revestimento do teto era revestido de cashmere, assim como os bancos na parte que se encosta o corpo e na parte traseira do assento era de courvim (o mesmo do console). As laterais de portas eram revestidas de três matérias. Parte inferior de bouclê, parte intermediária de courvim e parte superior de cashmere. O assoalho era revestido de bouclê assim como o tampão traseiro. Alto falantes só no tampão traseiro. Nos bancos a costura do cashmere eram com largos gomos transversais e nas portas com largos gomos verticais na parte em cashmere. As laterais traseiras seguiam a mesma regra, porém sem o bouclê na parte inferior nos modelos 2 portas. Interior podia ser bege ou preto
O Diplomata 1981 trazia a grande novidade do painel e console totalmente remodelados. Mas trazia na quantidade os mesmos instrumentos. A novidade funcional mesmo era o ar condicionado totalmente integrado ao painel com saídas de ar na parte central. Os comandos do ar condicionado ficavam no console e acima desses comandos um relógio de horas analógico centralizado. O toca fitas era o mesmo do ano anterior com antena elétrica, mas com knobs emborrachados maiores de desenho similar aos knobs do botão das luzes, afogador(com luz indicadora no botão) e acendedor de cigarros. De agora em diante o comprador tinha também a opção de comprar com interior também na cor cinza. Os bancos agora vinham totalmente revestidos em cashmere sem mais o uso do courvim e vinham costurados com vários gomos estreitos longitudinais. As laterais de porta e traseiras seriam as mesmas até 1984 e tinham gomos estreitos de cashmere na vertical que cobriam os 2/3 superiores e a parte inferior de bouclê. Nos modelos 2 portas só os gomos de cashmere. A alavanca de mudanças era de uma resina com espuma na cor preta e em formato de taco de golfe e seria a mesma até 1987, sendo que a partir de 1983 a ré era indicada para frente em razão da modificação na caixa de mudanças.
O Diplomata 1982 tinha o mesmo interior do 81 com apenas uma única novidade. No console, mais dois intrumentos acima dos comandos do ar condicionado: à direita do relógio vinha um vacuômetro e à esquerda um voltímetro. Bancos e laterais de porta eram iguais ao modelo 81.
O Diplomata 1983 trazia um novo desenho nos gomos dos bancos (laterais permanecem inalteradas no desenho do tecido). Agora os gomos eram largos novamente e de desenho transversal e arredondados. Nas laterais de porta foi alterado o desenho do trinco de abrir a porta e da maçaneta de abrir o vidro que agora passavam ser de plástico e não mais cromadas. Um detalhe curioso. O console era o mesmo do ano anterior com 3 mostradores, mas em meados de 83 o modelo de toca-fitas foi alterado, passando a ser a primeira geração do Bosch Rio Janeiro com dial digital e relógio incorporado, o que levou a excluir o relógio do console, passando a ficar somente vacuômetro e voltímetro acima das teclas do ar condicionado.
E, por fim, o Diplomata 1984 vinha com os bancos e laterais de porta do modelo 83 no mesmo desenho. O mesmo ótimo som Rio de Janeiro, console com os dois mostradores. As únicas alterações foram os pinos das travas de porta que passaram a ser mais finos para dificultar a vida dos amigos do alheio e o cinto de segurança dianteiro que passou a ser de 3 pontos retrátil, inclusive no coupé, com presilha no teto neste caso.
Pessoal, o texto é longo mas é de grande valia pra quem ta restaurando um Diplomata desta época ou mesmo quem queira sanar alguma dúvida. Hoje não dá mais tempo, mas eu vou tentar, assim que possível ilustrar essas mudanças inserindo fotos desses detalhes muito em breve.
Um abraço pra todos!
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