O que é um som estilo TRIO? É todo aquele som voltado para fora do carro, temos como bons exemplos aqueles som que o pessoal abre o porta-malas e faz a festa, como também poderíamos tomar como base os Trios Elétricos do RECIFOLIA (carnaval fora de época do Recife/PE) bem como os carnavais de Salvador.
A princípio devemos saber que um falante a céu aberto tem um comportamento diferente de um dentro do porta-malas. Uma das diferenças é que o cone se desloca mais do que quando está dentro do porta-malas, causando assim o deslocamento excessivo do cone (cone deslocado em excesso pode causar vários danos, um dos principais é a superaquecimento da bobina que irá alterar a impedância para maior, sendo ela alterada, o amplificador dissipará a potência de acordo com a alteração da impedância que por fim diminuirá a potência sonora), outra diferença seria o ganho que você tem com o alto-falante dentro do veículo, onde não ocorre com o falante a céu aberto, tendo em vista que a frequencia de ressonancia dentro do veículo (aproximadamente de 50 a 70 hz) são frequencias de grave e a céu aberto (que gira em torno de 2.000 hz) que são frequencias médias (daí o motivo de termos bastante cuidado na hora que colocar cornetas), já por esse motivo temos tantos berreiros nas vias da cidade.
Muita gente pensa que não é possível ligar em 1 canal do amplificador woofer + corneta + tweeter, isso é possível, porém com seu adequado corte de freqüência e de acordo com a impedância equivalente.
- Como adequar subgrave, grave, médio e agudo?
No som interno é bem mais fácil você conseguir isso, já pelo motivo da frequencia de ressonancia do veículo, onde pode chagar em até 20 dB’s, essa questão de adequação deve-se ser levado em conta o SPL de cada componente. Por exemplo: Sub-woofer em uma caixa “X” tem um SPL de 117 dB, levando em conta o ganho pela frequencia de ressonancia do veículo, devemos soma-lá ao SPL do conjunto caixa+sub e teremos um valor “Y”. Após conseguirmos isso iremos para os mid-bass (onde geralmente são mais fortes em SPL), teremos também que igualar o SPL do conjunto caixa+mid ao SPL do Sub e assim sucessivamente.
EX: SPL Sub = 117 (caixa+sub) + 20 dB (ganho da frequencia de ressonancia do veículo) = 137 dB
SPL Mid-Bass ou Woofer = 137 dB
SPL Mid-ranger ou Driver+corneta = 137 dB
SPL Tw = 137 dB
OBS.: LEMBRAMOS QUE PARA TODA REGAR EXISTE UMA EXCEÇÃO, ESSA DEMONSTRAÇÃO ACIMA É DO TIPO PADRÃO E PODE VARIAR DE ACORDO COM A SUJESTÃO AUDITIVA DE CADA PESSOA.
Para o trio a regra é a mesma, lembrando apenas que não teremos ganho nas baixas fequencias e sim nas médias (frequencia de ressonancia ao ar livre = +- 2.000 hz).
EX: SPL Sub = 137 (caixa+sub)
SPL Mid-Bass ou Woofer = 137 dB
SPL Mid-ranger ou Driver+corneta = 134 dB + 3 dB (ganho aproximado do equipamento ao ar livre devido a frequencia de ressonancia)
SPL Tw = 137 dB
Caso você queira que alguns dos equipamentos se sobressai mais, apenas teremos que fazer com que o SPL dele altere para maior.
- Como fazer o calculo de dB?
Essa questão é bem simples, iremos usar a formula abaixo:
POTENCIA APLICADA: 200 watts RMS
SENSIBILIDADE DO FALANTE 1w/1m – 88 dB SPL 1w/1m
CÁLCULO:
SPL = (SENSIBILIDADE) + 10LOG * (POTENCIA)
SPL = 88 + 10LOG * 200
SPL = 88 + 10 * 2,3
SPL = 88 + 23
SPL = 111 dB
Quando usamos mais de um falante temos um ganho de 6 dB ao SPL do sub. Isso porque nós calculamos o SPL com basse na potencia de um único falante, mas levamos em consideração o almento da área efetiva do cone, referente ao número de falantes existente no sistema.
POTENCIA APLICADA: 200 watts RMS
SENSIBILIDADE DO FALANTE 1w/1m – 88 dB SPL 1w/1m
CÁLCULO:
SPL = (SENSIBILIDADE + 6) + 10LOG * (POTENCIA APLICADA EM UM DOS FALANTES)
SPL = (88 + 6) + 10LOG * 100
SPL = 94 + 10 * 2
SPL = 94 + 20
SPL = 114 dB
Pelo que vimos acima, mantivemos a potencia aplicada (200 rms), porém quando colocamos outro falante no sistema a mesma foi dividada, ficando assim 100 rms. Porém com a mesma potencia e colocando outro falante, pelo fato do almento da área efetiva do cone tivemos um ganho de 3 dB.
- Melhor Player para trio:
O melhor player é aquele que tem boas definições sonoras tipo: Pionner, Kenwood, Clarion, etc, porém sugiro que procurem sempre um que tenha regulagem de médios, graves, agudos e que também tenha regulagem por freqüência (a maioria dos Pionners é capaz de fazer isso).
- Alternador, Bateria e Fonte
Essa questão também é bastante crítica, temos que ter uma bateria forte com corrente (Ampéres) suficiente para suprir o sistema, temos também que colocar a cada 500 W RMS de potência sonora um capacitor de 1 Farad (apenas recomendado caso as luzes fiquem piscando, caso aconteça, esse é o primeiro sinal de que sua alimentação precisa de um “empurrãozinho”).
Podemos também levar em conta que a maioria da turma que curte TRIO gasta muito combustível deixando o veículo ligado ou então passa o constrangimento de ficar empurrando o carro (ato não recomendado para carros a injeção eletrônica), para evitar esse problema eu recomendo que seja instalada um FONTE CHAVEADA. Porém esse tipo de fonte tem que ser feito na medida do seu som, respeitando a voltagem e a amperagem consumida. Você pode ligá-la diretamente na bateria do veículo, porém muito cuidado, caso você ligue o carro com ela ligada, pois isso lhe trará problemas, lembre-se que quando damos partida o veículo começa a gerar energia. Na cidade onde moro (Recife/PE), uma fonte dessa tem o valor de aproximadamente R$400 (uma de 13.5 volts e 130 amperes) e você pode encomendar a qualquer técnico experiente em eletrônica.
Para sabermos se o nosso sistema está adequadamente dimensionado é simples, somamos a amperagem consumida pelo player, amplificador e do veículo (geralmente 40 amperes). Após obter o resultado temos que colocar uma bateria de X amperes e um alternador dos mesmos X amperes. No caso de trio de grande porte as pessoas chegam a usar gerador, onde também é uma ótima opção.
Não podemos esquecer que cada amplificador tem sua voltagem de trabalho. Alguns nacionais variam de 12 a 14 volts. Caso seu amplificador tenha 14 volts, existe no mercado baterias com vasos auxiliares com variação na sua tenção de voltagem.
Exemplo:
Consumo cd-player – 15 amperes – 12 volts
Consumo amplificador – 50 amperes – 14 volts
Consumo veículo – 40 amperes – 12 volts
De acordo com o acima exposto, a amperagem geral consumida será de 105 amperes a 14 volts (levando em conta a maior tensão em voltagem que o sistema irá consumir).
Como saber se o meu alternador é suficiente ao meu sistema?
Isso é simples, tomei como exemplo uma bateria de 50 amperes/hora, para que ela seja gerada adequadamente devemos considerar a amperagem consumida pelo veículo (cerca de 40 amperes) e colocar um alternador que gere cerca de 50% a mais de corrente que a bateria, assim sendo, iremos necessitar de um alternador que forneça 110 amperes, tendo em vista que o carro consumirá 40 amperes, com isso o alternador só fornecerá 70 A, onde esse valor será o necessário para recarregar sua bateria durante a utilização.
Como sei que muitas pessoas sentirão dificuldades de encontrar alternadores de alta potência, no meu caso eu utilizaria fonte chaveada, apenas pela condição de custo.
Associação de Baterias:
As baterias ligadas em SÉRIE serão somadas as TENSÕES e a potencia. (Ex.: Bateria 12 volts e 50 amperes, ligando duas baterias em série com essa configuração teremos 1 bateria de 50 amperes e 24 volts).
Baterias ligadas em PARALELO será somada as CORRENTES e a potência. (Ex.: Bateria 12 volts e 50 amperes, ligando duas baterias em paralelo com essa configuração teremos 1 bateria de 100 amperes e 12 volts).
- Fusíveis
Recomendo que sempre seja usado um fusível com 80% do valor da soma da potência consumida, por exemplo: se seu amplificador consome 60 amperes, recomendo que seja colocado 1 de 108 amperes. Esse fator é muito relativo, o consumo dele irá variar com o estilo de música que está tocando no momento. Sempre recomendo colocá-lo próximo a bateria, tendo em vista a função dele ser evitar danos principalmente no carro e ao amplificador decorrente do curto na instalação.
Se dimensionarmos o fusível de proteção ACIMA do adequado podem acontecer algumas coisas ruins como o aumento do tempo de rompimento do fusível em ocorrência de curto circuito, facilitando o superaquecimento e o incêndio, ainda mais se o aterramento for mal executado, pois a resistência do polo negativo da bateria ate o amplificador seria relativamente alto, diminuindo a corrente de curto circuito e aumentando ainda mais o tempo de disparo do fusível.
- Coolers, cabo de força e fio remoto.
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