Bem, como pode estar fazendo falta para os colegas opaleiros, resolvi fazer a continuação do tópico. Segue o tutorial com os testes elétricos dos componentes do alternador:
O multímetro escolhido foi um ET-1000 (figura 1), da minipa. Já há algum tempo eu não uso esses multímetros fuleiros (de entrada), mas é o que vale a pena comprar para testes mais simples e também é o tipo de aparelho que é mais acessível para a maioria das pessoas.
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Figura 1: O multímetro minipa ET-1000 na escala de resistência [200Ohms].
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Figura 2: O alternador que será testado.
Comecei pelo estator. Este é o teste de isolação com a massa. Com o multímetro na posição da figura 1, coloque uma das pontas de prova no anel periférico da carcaça e a outra ponta de prova em um dos terminais tipo olhal dos enrolamentos do estator, conforme a figura 3. O multímetro não deve acusar condutividade. Se houver condutividade, tem defeito no estator. O teste deve ser repetido para os outros dois terminais tipo olhal, sempre testando entre o anel e cada terminal, conforme as figuras 4 e 5.
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Figura 3: Teste de isolação entre a carcaça e o primeiro terminal dos enrolamentos.
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Figura 4: Teste de isolação com outro terminal dos enrolamentos do estator.
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Figura 5: Teste de isolação com o último terminal dos enrolamentos do estator.
Agora, o teste de continuidade dos enrolamentos do estator. Com o multímetro na posição mostrada na figura 1, coloque uma das pontas de prova em um dos terminais tipo olhal e a outra ponta de prova em outro terminal tipo olhal. Faça a permuta das pontas de prova seguindo o critério "combinação de três elementos, dois a dois", conforme as figuras 6, 7 e 8. O multímetro, precisa acusar condutividade (e boa condutividade!) entre os terminais, conforme é mostrado nas figuras adjacentes:
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Figura 6: teste de continuidade dos enrolamentos do estator.
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Figura 7: teste de continuidade dos enrolamentos do estator.
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Figura 8: teste de continuidade dos enrolamentos do estator.
Embora todos estes testes tenham dado bons resultados, o estator ainda pode estar ruim. Inspecione visualmente se o verniz dos enrolamentos de cobre estão muito enegrecidos. Certa feita, meu alternador carregava bem quando eu dava partida no carro. Mas quando o motor esquentava e este calor aquecia o alternador, a luz espia que indicava problemas de carga começava gradualmente a acender. Primeiro tenuamente até ficar completamente. O problema era no estator. O calor fazia os enrolamentos entrarem em curto com a massa. Era um defeito intermitente. Tive de trocar o estator.
Também é necessário que opaleiros que têm alternadores de 65 A prestem atenção a estatores não originais ou que tenham sido trocados. Os estatores de alternadores de 65A tem fio duplo chegando em cada terminal tipo olhal. Tem muito pangaré que recupera estatores e auto-elétricos que simplesmente colocam o estator de alternadores de opala de menor capacidade ou recondicionam com fio simples. O resultado é a baixa vida útil do estator (porque o verniz enegrece rápido) e baixo rendimento do alternador (principalmente quando o dono do carro liga muito o ar condicionado). Fique atento!
Testes da ponte retificadora:
A figura 9 mostra a ponte (ou placa) retificadora do opala. Os diodos são aquelas pastilhas pretas dentro da cavidade metálica. Os três em baixo são os positivos e os três em cima são os negativos. A parte metálica abaixo da linha verde é a parte positiva e a parte metálica acima é negativa (em contato com a massa).
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Figura 9: A ponte retificadora do alternador.
Coloque o multímetro na posição mostrada na figura 10, que é para teste de diodo.
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Figura 10: O multimetro "Extra-Terrestre-1000" na posição para teste de diodo.
Coloque as pontas de provas exatamente conforme mostra a figura 11, observando as cores das pontas de prova. O multímetro deve acusar resistência infinita.
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Figura 11: Resistência infinita na ponte retificadora.
Agora inverta a posição das pontas de prova. O multímetro tem de indicar condutividade, conforme a figura 12.
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Figura 12: Condutividade na ponte retificadora.
Agora vamos testar os diodos individualmente. Não tente removê-los de seus alojamentos. Alternadores jurássicos, como os dos primeiros opalas - se não me engano, aqueles de 35A - os diodos podiam ser sacados para fora da placa com o auxílio de uma ferramenta específica, para serem individualmente substituídos. Nesse alternador, não é possível.
Coloque a ponta de prova preta no lado positivo da ponte e a ponta de prova vermelha em um dos diodos, conforme figura 13. O multímetro tem de acusar condutividade.
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Figura 13: Multímetro acusando condutividade.
Coloque a ponta de prova vermelha nos outros dois locais mostrados nas figuras 14 e 15 respectivamente, mantendo a ponta de prova preta no lugar.
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Figura 14: Multímetro acusando condutividade.
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Figura 15: Multímetro acusando condutividade.
Agora, coloque a ponta de prova vermelha aonde estava a ponta de prova preta e posicione a ponta de prova preta nos mesmo locais onde foi colocada a ponta de prova vermelha nas figuras 13, 14 e 15. Se ficou confuso, apenas siga os procedimentos das figuras seguintes, 16, 17 e 18. O multímetro não pode acusar condutividade.
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Figura 16: O multímetro acusando não-condutividade (resistência infinita).
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Figura 17: O multímetro acusando não-condutividade (resistência infinita).
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Figura 18: O multímetro acusando não-condutividade (resistência infinita).
Repita o procedimento para os outros três diodos com a placa negativa. Em um sentido devem conduzir e no outro não devem conduzir.
Se tudo saiu nos conformes, sua ponte retificadora está boa.
Agora vamos testar o triodo.
Com o multímetro na posição indicada na figura 10 e a ponta de prova preta aonde mostra a figura 19, coloque a ponta de prova vermelha nos três terminais no lado oposto do triodo, conforme as figuras 19, 20 e 21. O multímetro tem de acusar condutividade.
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Figura 19: O mutímetro acusando condutividade.
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Figura 20: O mutímetro acusando condutividade.
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Figura 21: O mutímetro acusando condutividade.
Agora, faça a mesma coisa com as pontas de prova invertidas, conforme as figuras 22, 23 e 24. O multímetro tem que acusar não condutividade.
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Figura 22: o multímetro acusando não-condutividade (resistência infinita).
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Figura 23: o multímetro acusando não-condutividade (resistência infinita).
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Figura 24: o multímetro acusando não-condutividade (resistência infinita).
Agora vamos testar o rotor. Coloque o multímetro na posição mostrada na figura 1. Uma das pontas de prova deve ser colocada em um dos anéis deslizantes e a outra ponta no eixo do rotor, conforme a figura 25. O teste deve ser repetido para o outro anel deslizante e o multímetro deve acuasr resistência infinita:
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Figura 25: Teste de isolamento entre os anéis deslizantes e o eixo do rotor.
Agora, coloque uma das pontas de prova em um anel deslizante e a outra ponta no outro anel deslizante, conforme a figura 26. O multímetro tem que acusar condutividade, e ela é usualmente alta (ou seja, acusa uma resistência pequena), conforme pode ser visto no display do multímetro. Existe um valor máximo e mínimo aceitáveis para o valor desta resistência, mas eu não lembro e não tenha a informação à mão no momento.
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Figura 26: Teste de continuidade entre os anéis deslizantes do rotor.
Por fim, seria necessário testar a capacidade do rotor de gerar campo magnético, mas o multímetro sozinho não é capaz de promover tal teste.
Só falta fazer o teste do regulador de voltagem. Este componente não é confiavelmente testável em multímetros, sendo mais apropriado o uso de uma fonte de corrente contínua com voltagem manualmente variável.
O diagrama abaixo (figura 27) mostra a técnica de teste do regulador de voltagem, bem como um diagrama de blocos do raciocínio lógico a ser executado, para aqueles que desejarem fazê-lo. Lembrando que se for feito o teste com o alternador montado em bancada, é necessário colocar uma carga que consuma entre 2 a 5W (segundo informações da IKRO) para não haver danos no regulador de voltagem.
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Figura 27: Diagrama para teste do regulador de tensão elétrica (voltagem).
FIM
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