Sou novo no fórum, mas a paixão por opalas é antiga... Desde meus 15 anos eu sonho em ter um opala, e 10 anos depois eu consegui... Tinha uma graninha guardada, e estava pagando um consórcio... Mas apereceu um oplala do jeito que eu queria (Diplomata 87 coupé) e eu não aguentei: comprei o carro!
Apesar de leigo, eu sabia que teria muita coisa pra fazer até o Opala ficar do meu gosto, mas eu não imaginava que era tanta coisa. Levei o carro para um mecânico, indicado por um amigo. Após uma semana, o cara me liga e pergunta: "Vc quer mesmo ficar com esse carro?"... Eu queria, até escutar aquilo. Já me deu um frio na barriga... E eu perguntei o pq de tanto desânimo... Ele me disse que a longarina tava toda podre e torta, que suspensão quase não tinha, que ia ter q fazer motor... E eu já tinha percebido que tinha q fazer uma revisão elétrica... Ou seja: quase um carro novo... Daí perdi a vontade. Mandei o cara botar o carro pra andar que eu ia pegar no outro dia e ia tentar desfazer o negócio.
Chegando na loja onde comprei, o cara começou a choradeira, que ia ser complicado devolver o dinehiro pq tava metade financiado... Aquele papo de vendedor... Então, fizemos um acordo: a loja colocava o carro pra vender pelo mesmo preço, e a gente dividia o prejuizo do juro do financiamento (quando fosse quitar o contrato). Beleza, melhor do que nada...
Seis meses depois, tava complicado pagar consórcio e financiamento... E o cara não vendia o carro. Depois de muita conversa com muitos amigos e conhecidos que entendem de carro, surgiu a seguinte linha de pensamento: não existe nada que não possa ser trocado ou consertado, só depende de boa vontade, paciência e dinheiro (este último era o maior problema), e é claro, um bom profissional.
Resolvi tirar o carro da loja e levar em uma oficina com renome em restaurações de antigos. Olhei na internet o trabalho do pessoal da Via 70 e fiquei interessado.
Peguei o carro devolta na loja (dessa vez a ventoinha parou de funcionar depois que saí da loja, e o motor só não ferveu pq parei o carro algumas vezes pra dar uma esfriada).
No outro dia, sábado pela manhã, chuva, pego o carro e levo pra Via 70, pra fazer um orçamento... Lá ouço as primeiras palavras de esperança em muito tempo: "Não tá tão ruim assim... Vai ter q abrir o motor, e dar uma olhada na suspensão, mas não tá torto e condenado, não". O Mauro (dono da oficina) me falou que tinha um mecânico especialista em opala, e que o cara ia ver o carro e me ligava depois pra conversar. Deixei o azulão lá e fui pra casa, cheio de esperança e medo (pq já tava imaginando o estrago no bolso).
Sexta-feira o cara me liga e fala "venha aqui pra gente conversar". Se o cara não quer falar de valores ao telefone, a coisa tende a ficar feia.
Chego lá e ele começa a me falar do motor, da embreagem, do diferencial... Tudo ruim... Mas quando ele me falou o valor do motor, eu fiquei surpreso: menos da metade do que eu imaginava... Já cresci o olho e mandei dar um upgrade, hehehehe...
Olha o estado do carro quando eu fui ver:
Motor, com um "calo" em cada cilindro, o que fazia uma fumaceira desgraçada:
Olha as bronzinas...
Olha a longarina, com 2 soldas e mais um trincado na parte de trás (sem falar na baderna com esses fios e cabos):
Agora, após alguns meses e algum dinheiro, o progresso se mostra promissor:
Longarina, soldada e reforçada (depois vou pintar):
O motor, sendo pintado (a tampa do cabeçote é provisória, só para a pintura. A minha, cromada, tá guardada):
Por falar em motor, seguindo o conselho do meu mecânico (o Rabanete), pra deixar o carro mais esperto e sem gastar muito, foi usada a seguinte receita:
Pistões 040 pra alcool (cabeçudos).
Comando do 250-S
Tuchos mecânicos
Cabeçote rebaixado 2,5mm
Carburador DFV 446 niquelada
Coletor 6X2
Diferencial original do 6cc novo
Caixa de marchas revisada (4 marchas, ré pra frente).
Essa configuração é mais ou menos o que ele usa no carro dele, e me pareceu muito bom (ainda mais com a promessa de fazer 5,5 Km/l no alcool, na cidade).
E ainda consegui um jogo de rodas do diplo 92 com pneus mais que meia vida
Todo o trabalho está sendo feito pelo próprio Rabanete, já que ele apenas alugava um espaço na Via 70... Agora ele está com a oficina em casa, e tocando o barco sozinho. Eu estou bem animado, pq parece que ele realmente manja de opala e caravan (segundo ele, faz 30 anos que ele mexe só com chevrolet, principalmente opala e caravan). Se ficar bom, quando eu pegar, eu indico pro pessoal aí
E é isso aí. Depois que sair da oficina, vai direto pra auto-elétrica pra uma revisão geral.
Depois disso, estofamento e detalhes internos...
Daí só falta comprar os frisos externos, emblemas, borrachas, etc. pra ficar do jeito que eu quero!!!
Espero que a história sirva pra animar quem estava quase desistindo de restaurar um opala/caravan.
Abraços, opaleiros... A gente se vê nos encontros futuros.
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