Injeção Programável pra Controle de Ignição

Boa tarde pessoal, primeira postagem aqui no grupo, minha conta é nova mas a muito tempo venho acompanhando! Enfim, vamos ao que interessa!

A minha dúvida é a seguinte, a principio vou usar distribuidor hall sem avanço, e módulo de ignição 7 pinos com uma bobina MSD. Gostaria de saber se tenho vantagens em trocar esse conjunto por uma injeção programável pra controlar o ponto por roda fônica e usar 4 bobinas do gol g6. Vai ter muita diferença? Vou ter uma diferença significativa ou apenas gasto pra pouco retorno ?

Primeiramente bem vindo Luciano.

Entao, por melhor que seja uma MSD, ainda continua tendo sempre os mesmos problemas de um distribuidor, quando se refere a preparação. O Distribuidor é o maior causador de problemas de quebras no opalas preparados.

O caminho da centelha no distribuidor é basicamente: Sai da bobina, entra no cabo(que tem resistencia), vai ate a tampa do distribuidor, passa por um carvão(que não é condutor de eletricidade,e tbm tem resistencia), passa pelo rotor(que tbm tem resistência), salta centelha de volta para a tampa, volta para outro cabo(mais resistência), vai até a vela.

Agora lhe pergunto, quanto de perdas voce teve nesse percurso? Poderia ser uma centelha 1000x mais forte, e vai continuar tendo perdas pelo caminho. Se entra, a grosso modo dizendo, 30.000V, chega 10.000V na vela.

No caso de uma roda fonica, ele vai mandar um pulso/sinal para a bobina, que vai soltar a centelha direto na vela do cilindro que vai queimar. O comprimento do cabo também é menor, o que diminui a resistência tambem.

Por ser bobinas individuais, o tempo de esfriamento da bobina vai ser maior, logo elas vao trabalhar bem frias.

Isso falando sobre forca da centelha. Falando sobre acerto do ponto, não existe possibilidade por ex, de voce querer deixar o carro com 15 graus de ponto inicial e na verdade, devido a folga no distribuidor, estar ou 13 ou 17 graus.

Na injecao voce tem um acerto muito preciso de ponto. pode colocar 10 graus para partida, e usar o maximo de ponto que seu motor permite sem grilhar(que é um dos segredos de vir potencia, especialmente no alcool).

Em resumo. Em questão de custos, talvez seja um pouco mais alto que uma MSD(vai depender da variacao do dolar). Mas em questao de eficiencia vai ser muito superior em todos os sentidos.

Só passei para dar um oi.
E uma explicação....

Tire da cabeça esta história de "centelha forte" que o que sai da bobina tem que chegar as velas.

Se você colocar uma ligação direta da bobina a vela você está criando um curto circuito.

Curto circuito é quando existe uma súbita elevação da corrente em um circuito devido a sua baixa resistência.

Por isto se pede resistor no positivo da bobina Bosch vermelha.

E por isto existe resistência nos cabos, velas e rotores.

Porém a eficiência pode ser melhorada, ou ficar pior, com o aumento ou redução da resistência do circuito.

Quanto mais próximo de zero mais próximo de um curto circuito ele vai estar.

E quanto mais próximo de "E" (fem E; ou força eletromotriz) mais perda terá de potência.

O ideal é uma faixa intermediária entre zero e E.

Ou seja:

U = E - r . i

U: tensão entre os pólos (bobina ao terra).
E: força eletromotriz (bobina).
r: resistência (cabos, velas e rotor).
i: corrente (precisa do catálogo da bobina ou alicate amperímetro).

Levando em consideração a diferença de potencial elétrico, quando a tensão sobe na bobina deve ocorrer o inverso proporcional no negativo.
Porém o negativo está a -12 volts, então a queda é na corrente (A) para compensar a tensão maior que vem da bobina.

É como o chuveiro, o chuveiro de 110 volts consome praticamente o dobro de corrente que o 220 volts.

Isto em chuveiros de mesma potência.

Se a potência é fixa quanto maior a corrente menor a tensão e vice versa.

Então uma queda de tensão da bobina a vela é importante SIM para se evitar o curto circuito.

Para se saber se é suficiente ou não precisa saber de toda resistência do circuito e calcular a ddp (diferença de potencial).

E a tensão é um mero "condutor" a força da faísca vem da corrente.
Mas se a resistência do circuito é zero a faísca tem uma corrente alta e queima alguma coisa (geralmente o rotor ou bobina).

Se a corrente é baixa a faísca é fraca e a combustão e ineficiente.

Por isto que alguns vivem anos sem problemas com determinada bobina e outros tem dor de cabeça.

E QUANTO MAIOR A FORÇA DA BOBINA MELHOR DEVE SER O NEGATIVO DA BATERIA E O ATERRAMENTO DO BLOCO.

Weber 40, para mim a Weber 44 é para 6 cc.

Taxa álcool de 12:1 a 13:1 (alguns flex usam 13,5:1).

Com esta taxa pode-se fazer um alívio no volante, nunca fiz alívio de volante, já li sobre tirar até 2,5 quilos do volante opala.

Acho arriscado demais, é muito material retirado.
Eu retiraria 1 ou 1,5 quilos (ou a média 1,250 kg).

Muito material retirado se perde o torque pela energia do giro do volante por causa do peso dele.