Tudo começou em 1980 quando meu Pai que era marceneiro, precisava de um carro grande para trabalhar e encontrou numa loja esta Caravan que originalmente era 4 cilindros.
Meu Pai nunca teve muito cuidado com o carro que constantemente carregava muita madeira e pegava muita poeira. A manutenção também era bem precária, já que não havia possibilidade de deixar o carro parado.
Além disso, usávamos o carro para passeios e pescarias como mostra a foto abaixo, onde eu sou o de camiseta verde e meu Pai é o mais alto de óculos:
Aprendi aos 13 anos a dirigir nesta Caravan e foi com ela que fiz o teste prático no DETRAN. Lembro que o avaliador quando viu que o carro que eu iria fazer o teste era uma Caravan deu uma risadinha, como quem diz, ‘Não tinha um carro maior?’ rsrsrs!
Infelizmente meu Pai veio a falecer de câncer em fevereiro de 1994 dias antes de eu completar 18 anos. Poucos meses antes dele morrer, veio a necessidade de vender o carro, pois ele estava já a algum tempo debilitado pelo tratamento de quimioterapia e radioterapia sem conseguir trabalhar. Lembro que falei para ele que não gostaria que vendessem o carro pois gostava bastante dela. Então meu Pai decidiu passá-la para o meu nome sem antes dizer: “Espero que você cuide deste carro já que gosta dele!”. E foi assim que em 1993 ela foi passada para o meu nome.
Em 1995 entrei na faculdade de Engenharia Mecânica e fui para a aula de ônibus e carona praticamente os 5 anos do curso, pois não tinha dinheiro nem para o combustível. Um sábado ou outro eu ligava ela e dava um rolé na faculdade, mas foram poucas vezes.
Quando me formei e comecei a trabalhar como engenheiro, comprei um gol 1995 e era com ele que ia trabalhar. Daí decidi estaleirar a Caravan na garagem onde era a marcenaria do meu Pai e deixa-la lá erguida do chão até ter condições de fazer uma reforma geral.
Assim ela ficou até 2006 quando conheci o antigo mecânico dela chamado Marcos Vaccari e eu decidi fazer com ele a tal reforma que a princípio seria simples, mas que no final foi bem maior e bem mais cara do que eu imaginava!!!
Depois, por uma série de problemas mecânicos que ela tinha, decidi mudar de mecânico para o Segantini, muito conhecido aqui em Curitiba pela qualidade no serviço dos 6 cilindros. E hoje não me arrependo em nada.....não tenho nenhum problema mecânico mais!
Segue abaixo o que fiz na reforma:
- Motor 6 cilindros (pistões 4”, comando 290, cabeçote trabalhado);
- Caixa de Dodge;
- Diferencial de Maverick;
- 3 Webber 40;
- Freio a disco nas 4 rodas;
- Pintura do cofre do motor;
Assim era o motor antes da reforma:
E assim é o motor hoje em dia:
Quem me conhece sabe que curto demais este carro. Tanto pela história que ele tem na minha família e por ser uma lembrança muito forte do meu Pai quanto por amar opalas e caravans.
A pintura ainda está original. Apenas fiz polimento logo após a reforma, mas ainda vou mandar fazer a pintura dela inteira um dia.
Por dentro ainda não reformei nada, mas está em bom estado de conservação.
Foi muito bom ter escrito este texto para todos conhecerem meu carro. Não só por ter sido a Caravan escolhida, mas também por relembrar de várias passagens da minha Família onde a Caravan estava presente.
É isso pessoal! Obrigado pela atenção de todos!!!
Dinarte.
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