O ano de 1988 certamente foi um ano emblemático para a linha Opala, o modelo sofreu profundas mudanças estéticas e mecânicas, principalmente na parte de suspensão e direção, ponto sempre alvo de questionamento.
Neste mesmo ano a GM anunciava o fim da produção do seu modelo na carroceria coupe, o que tornou as unidades fabricadas neste ano uma verdadeira relíquia, sendo um dos modelos mais desejados pelos admiradores e colecionadores da linha Opala.
No Opala do Mês de Novembro temos o prazer de conhecer mais de perto esse coupe que com o capricho e força de vontade do seu feliz proprietário, acelera com vitalidade seu belo motor seis cilindros injetado!
Opaleiro uma vez, opaleiro sempre!
No ano de 2012, após vender seu Diplomata 4.1 1989, nada mais nada menos que o seu primeiro carro, nosso amigo Felipe Bianchi começou uma caçada que somou mais de 1000km viajados por várias cidades em busca por um Opala modelo dos anos 70. Depois de várias tentativas sem sucesso e na expectativa de adquirir logo seu Opala ele resolveu mudar o foco da caçada.
“Nenhum agradou. Pensei que talvez fosse hora de mudar o foco. Logo pensei: "Mas que tal um coupé 88?" Fui olhar este em Porto Alegre num sábado. Algumas semanas depois liguei para o vendedor e fechei o negócio. Chegou de guincho da capital, pois seria arriscado e injustificavelmente dispendioso vir rodando.”
Em baixo do capô...
Seu projeto inicialmente era apenas dar uma melhorada na carburação, trocar o carburador 446 por uma 3E, mas um projeto bem mais ambicioso bateu à sua porta quando um amigo resolveu transformar a sua Gran Blazer a Gasolina em Diesel, deixando órfão um belo motor 6 cilindros injetado, Felipe abraçou essa oportunidade e iniciou sua epopeia.
“Após adquirir o motor, foi quase um ano até o carro funcionar. Muitos e muitos percalços, enrolações... por muitas vezes foi um inferno, um pesadelo que não acabava. O que a princípio era algo relativamente barato e simples, provou ser um desafio. Após ter funcionado, restou ainda um período de testes. Nesse período tudo que podia dar errado, deu; e 2 vezes...”
Ser opaleiro é ter determinação - os desafios
“Sem dúvida foi difícil, por muitas vezes vinha a vontade de desistir, mas fazer o quê? Deixar uma pilha de peças num canto? Não é coisa que se guarda numa gaveta, então não tinha jeito, o negócio era terminar, ir até o fim.”
“Hoje, é difícil se arrepender. Podem pensar: Mas se foi tão difícil e desgastante, como não se arrepender? Simples. Todas as dificuldades foram tomadas como lições. Você pode tomar de várias maneiras um problema — sentir-se uma vítima e chorar (nesse caso você além de ser um fracote com um problema para o resto da vida), ou usar isto como uma chance para crescer, vencer um novo desafio e se fortalecer."
"Mas que papinho de palestra motivacional barata é esse agora?" Você deve estar pensando...pois é....talvez esse mesmo sermãozinho deva se repetir até fixar, ou sentir-se na pele. Essa foi uma das lições que aprendi no processo, do qual falando assim superficialmente parece até besteira, mas tem muito mais coisa por trás.”
“Também é claro, foram feitas muitas amizades, pois como diz um amigo: com um carro novo, você paga ao banco, já um velho, paga ao mecânico, ao chapeador, porém sendo a diferença as amizades que se faz no caminho e as histórias para contar. Afinal, querer "auto véio" sem se incomodar é utopia.”
Última edição por *JOTA250s* em Qua 19 Nov - 8:47:22, editado 7 vez(es)
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